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12 dezembro 2009

O nascimento da Matilde

Para quem acompanhou a história da cegonha perdida, que encontrou um ninho de amor e trouxe uma enorme alegria a um homem e uma mulher, que há cinco anos desejavam tanto ser pais, aqui fica a descrição do nascimento da nossa filha:
Devido aos vários episódios de metrorragias, a minha obstetra decidiu internar-me uma semana antes da DPP, às 37 semanas. A cesariana estava programada para o dia 2 de Dezembro e internaram-me no dia 24 de Novembro para ficar em vigilância.

Lá fiquei no hospital, não muito feliz mas, imensamente mais descansada por saber que, se alguma coisa acontecesse teria ajuda médica por perto. Para além da placenta prévia, o cordão estava entre a cabeça dela e o colo. Se o parto se desenrolasse, ocorreria prolapso do cordão e a vida da Matilde ficaria em risco. Aliás, passei a 36ª semana em casa, sempre com o coração nas mãos, com muito medo que o parto se desenrolasse e se precipitasse tudo da pior forma!

Quando me internaram estava também com a tensão arterial alta e com proteinúria, isto é, sintomas de pré-eclampsia. Na manhã seguinte, numa nova avaliação da TA estava com 9/18, assumidamente tinha também uma pré-eclampsia pela frente. Cerca das 11,30h da manhã sofri uma nova hemorragia. Chamei a enfermeira e imediatamente gerou-se um frenesim à minha volta! A TA disparou novamente e a médica que fazia a visita na enfermaria, enviou-me para o bloco de imediato. Foram pelo caminho a tirar-me a roupa e quase não tinha tempo de avisar o meu marido! Eu só pensava para comigo, numa tentativa de me acalmar "Estás no sítio certo, tem calma, não entres em pânico!" No bloco, a correria continuava e era tanta gente à minha volta, que eu no meio de toda a confusão deixei, literalmente, de conseguir pensar!

Às 12,37h nascia a nossa Matilde, com 1,960kg, 43 cm e um APGAR de 7/9. Apesar de ser muito pequenina, conseguiu mamar bem e ficou sempre comigo, no quarto. Tivemos alta ao 5º dia, muito antes do que eu esperava, devido ao baixo peso dela.

Definitivamente, a nossa gravidez foi uma aventura e acredito que o meu anjo da guarda me acompanhou e nos protegeu sempre às duas porque, se tivesse sido internada um dia mais tarde, o final desta história poderia ter sido muito diferente! Felizmente, a vida e todos os sacrifícios que fizemos em prol da constituição da nossa família tão desejada, recompensaram-nos com a chegada da nossa princesa.

É maravilhoso ser mãe, apesar de, reconhecer que os primeiros dias foram complicados, com a mistura das hormonas alteradas, as noites sem dormir e o receio pela bebé tão pequenina e frágil, que trouxemos para casa.


Fizemos o nosso percurso pela infertilidade e fomos obrigados a lidar com muitas decepções, muitas lágrimas e muitos sacrifícios mas, tudo isso valeu muito a pena. Hoje sou uma mulher mais completa e muito mais feliz porque realizei um dos meus objectivos de vida, ser mãe. E sou uma mãe muito babada!


Este, deveria de ser o final para todas as mães que tanto lutam pelos filhos que ainda não existem! É este o meu desejo para todas as mulheres que têm tanto amor para dar, que um dia próximo, possam sentir a felicidade e a realização da maternidade.


A todas as titias da blogosfera, que acompanharam o nosso percurso na infertilidade, através deste mundo virtual, mas muito real também, deixo uma foto nossa, do dia do regresso a casa.

Este, será O Natal das nossas vidas, aquele que nunca esqueceremos!

Deixo-vos os meus votos de um Natal muito feliz e de um Ano de 2010 muito fértil em projectos de vida realizados.

Lita

26 julho 2007

De malas aviadas, rumo ao calor!



Quase, quase de férias o trabalho não me tem deixado tempo para cá vir. E, para ser honesta, a inspiração e a vontade também não ajudam.

Não tenho novidades à excepção das decorações lá em casa, que avançaram um bocadito!

O R. teve mais um desaire nos projectos e objectivos que estabeleceu para a vida dele e, penso e espero que agora, procure mudar o rumo que tem seguido. A vida e as opções que tem feito não têm contribuído em nada para a saúde física e mental dele nem para a minha, por arrasto! É difícil ver sofrer quem amamos e não poder fazer nada!

Depois das férias veremos que trilha segue a nossa vida!


Tenho procurado ocupar a mente com os pequenos prazeres do dia a dia para evitar a ansiedade e a tortura psicológica da infertilidade. Os planos que temos definidos para o futuro são concretos e desta vez, tenho fé que tudo vai ser diferente, com um final muito feliz!

Deixo um grande beijo para quem me visitar e boas férias.

Lita