30 novembro 2006
TV
24 novembro 2006
Num futuro próximo...
Para tentar mitigar a minha ansiedade por esse acontecimento tenho procurado ocupar a mente com outras coisas. Claro que são acontecimentos menores em importância, em relação ao projecto maior que é ter um filho, mas tento concentrar-me neles.
Nos últimos dias, a minha mente divaga com alguma frequência para o tema infertilidade. Nas duas últimas semanas andei bastante ansiosa porque os meus ciclos são bastante regulares (28 a 32 dias) e eu já estava com 43/44 dias. Não tinha nenhum sintoma de que fosse menstruar e já estava a imaginar coisas. Acabei por menstruar com 2 semanas de atraso. Claro que será normal após uma estimulação mas, confesso que ter descoberto que só tenho um ovário me preocupa, porque com os tratamentos e as estimulações, se alguma coisa corre mal e afecta o único ovário que tenho, as minhas hipóteses podem desaparecer.
A minha confiança no futuro e a minha auto-confiança continuam em baixo de forma!
Como tal, neste momento, para evitar a famigerada ansiedade, o stress da espera, o medo de ouvir da boca da médica algo que comprometa o nosso futuro como pais, tenho tentado encontrar outros objectivos que me ocupem a mente. Estabeleci alguns pequenos projectos, para os próximos tempos:
Arranjar o jardim - neste momento o nosso jardim, que fica na parte de trás do apartamento e até é grande, é composto por relva e dentes de leão, que se instalaram sem autorização e proliferam por ali. A relva já deve ter uns 20/30 cm!! Ando à procura de ideias para sebes e arbustos, aceito sugestões!
Arranjar vasos e plantas indicados para a varanda, que sejam bonitos, com um aspecto clean (só 2 ou 3 vasos com plantas grandes) e que não façam muito lixo!
Como vêem são algumas ideias para me ocupar, só têm um senão: para todas preciso de dinheiro e ele não abunda para os meus lados! Tem que ser uma coisinha de cada vez!!
Para além de tudo isto, o almoço de Natal, este ano, é no nosso apartamento. Serão 14 ou 15 pessoas. Também ando a pensar na ementa e aceito sugestões, para doces e salgados!
Este post já vai longo, por isso, despeço-me e deixo um grande beijinho para todos os que me lêem.
Um beijinho especial para as meninas que me visitam e deixam os seus miminhos. Esta luta seria muito mais difícil e dolorosa sem o vosso alento e o vosso carinho.
Bom fim de semana!
13 novembro 2006
Goluseimas
3 Maças Reinetas
2 Laranjas
1 Kg de Açúcar
Descasca-se e corta-se a abóbora em bocadinhos pequenos. Descascam-se as maças e as laranjas e cortam-se em gomos muito finos, retira-se a pele branca e os caroços das laranjas. Mistura-se os frutos e rega-se com o açúcar, mexendo. Deixa-se repousar durante 2 horas, mexendo de vez em quando. Após as 2 horas leva-se a mistura ao lume e deixa-se cozer até ficar no ponto.
Bom apetite!
Boa semana e beijinhos doces!
08 novembro 2006
Serenidade...
Depois de alguns meses com uma imagem azul, a lembrar uma paisagem envolta em nevoeiro, aqui fica um pouco de natureza! A mudança no blog reflecte a minha necessidade de mudança interior. Sinto que preciso de encontrar algo que me permita encontrar o equilíbrio físico e mental, que me ajude a reencontrar a esperança. Sempre tive uma enorme necessidade de paz, de equilíbrio e de serenidade e tudo isto, tem-me faltado ultimamente.
Beijinhos grandes
03 novembro 2006
Depois da tempestade...
Depois de uma ausência mais ou menos longa, tomei coragem para vir escrever este post.
Este tempo sem deixar notícias neste “cantinho da cegonha” que, infelizmente continua vazio, permitiram-me acalmar um pouco. A tristeza continua comigo mas, agora já consigo falar no assunto sem derramar um vale de lágrimas ... às vezes.As primeiras semanas foram terríveis, dolorosas, de desânimo total. A única coisa que me apetecia era desistir. Não desistir de ter um filho, não desistir de ser mãe, nem de ter uma família, desistir do stress, da violência e da invasão na nossa privacidade, que os tratamentos de fertilidade nos impõem.
A sensação de desespero que me invadiu quando soube que teríamos que recorrer a ajuda médica e aos tratamentos de fertilidade, para concebermos um filho, regressou com toda a força. O medo de sermos um daqueles casais que lutam com esta doença uma vida inteira e chegam ao fim, esgotados e de mãos e coração vazio, regressou com toda a força.
A coragem, a esperança e a fé, que um dia seremos nós a festejar e a rebentar de felicidade abandonaram-me. Sentia-me literalmente esgotada e sem forças para pensar no futuro.
Estas palavras podem parecer uma dramatização excessiva de um problema infelizmente cada vez mais comum mas, efectivamente foram estes os sentimentos que me abalaram e continuam a abalar.
Nestas coisas exigem-nos tudo, total disponibilidade física, mental e financeira e em troca, podemos ter a felicidade extrema ou, no nosso caso, a desilusão completa. Foi uma entrega muito grande para acabar com o coração tão vazio!
Além da tristeza, descobri, quase aos 30 anos e apesar de fazer consulta e ecografias anualmente desde os 20, que afinal, nasci só com um ovário, isto quer dizer que, além do problema do R. eu também contribuo para agravar a situação, porque na estimulação só posso contar com um ovário! Apesar disto, o ovário que tenho tem funcionado muito bem porque faço bem a ovulação. A estimulação correu bem e os embriões que transferiram eram muito bons! Quando a psicóloga, a nosso pedido ligou à bióloga para saber o que tinha acontecido aos outros dois, a bióloga ficou muito admirada e atrevo-me a dizer decepcionada, por não termos conseguido o positivo, neste tratamento, precisamente porque os embriões eram promissores, segundo ela! Os outros não evoluíram, logo temos que repetir o protocolo.
Claro que, como não quero desistir de ser mãe, nem equaciono essa possibilidade para um futuro próximo, não tenho outra opção senão começar tudo do zero. Não o vou fazer com a mesma esperança, nem com a mesma expectativa, mas vou voltar a fazer!
Na realidade prefiro não me permitir ter esperança nem expectativas. Na consulta, em Dezembro logo veremos quando será a próxima tentativa! Uma coisa é certa, uma vez que dependemos de um hospital público, o número de tratamentos é muito limitado, logo a esperança tem que ser limitada também. Ficamos a saber na consulta de Psicologia que a cada casal é permitido fazer três tratamentos (FIV ou ICSI) no máximo, se a resposta à estimulação for boa, fazem quatro, dificilmente mais do que isso!
E são estas as notícias que tenho para deixar neste espaço!
Às companheiras que sofreram igual ou pior decepção deixo a minha tristeza e solidariedade.
Às companheiras que continuam a luta, espero que as minhas palavras não as deixem tristes e que tenham coragem e alento para ir em frente.
Às companheiras que atingiram o objectivo e estão num momento muito feliz, grávidas, deixo todas as felicidades do mundo!
Um beijinho grande para todos os que me lêem!
Bom fim de semana!